Macau vai construir habitação em Moçambique

Um projecto de habitação social anunciado deverá permitir a construção de 50.000 casas nas províncias moçambicanas de Cabo Delgado, Nampula, Tete e Maputo, numa iniciativa avaliada em cerca de 4,1 mil milhões de euros.

O plano foi oficializado através de um memorando de entendimento assinado pelo Fundo de Fomento de Habitação de Moçambique e pela empresa Charlestrong Engineering and Consulting Ltd, de Macau, que vai, à luz de um outro protocolo assinado entre as partes, construir a segunda fase de Vila Olímpica de Maputo, que contempla a edificação de 240 apartamentos e que está orçamentado em 22,7 milhões de euros.

A Vila Olímpica, localizada no bairro do Zimpeto, nos arredores da capital moçambicana, foi construída, por um consórcio liderado pela portuguesa Mota-Engil, no âmbito da realização X Jogos Africanos, que Moçambique acolheu em 2011, devendo o complexo, no final da segunda fase do projecto, contabilizar cerca 1.100 apartamentos.

Os dois acordos foram rubricados durante o X Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP), que Maputo recebe até quarta-feira, e que é promovido pelo Instituto para a Promoção das Exportações de Moçambique (IPEX) em conjunto com o Instituto para a Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e o Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China (CPCIC).

Durante o encontro empresarial, que decorre no contexto da criação, em 2003, do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP (Fórum Macau), que reúne agências de comércio externo de todos os países-membros, foi também assinada uma carta de intenção para investimentos na indústria de processamento de caju.