Ministra angolana quer maior divulgação de literatura lusófona

A ministra da Cultura de Angola defendeu que é necessário maior divulgação das obras dos escritores da lusofonia pelo grande público, destacando o seu contributo para o aumento de conhecimentos da juventude.

 

 

Rosa Cruz e Silva falou na abertura do V Encontro de Escritores e Língua Portuguesa, que decorreu na capital angolana, organizada pela Comissão Administrativa de Luanda e pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA). “Há um trabalho ainda árduo por desenvolver para que haja essa possibilidade de acesso a essas obras, às vezes, até magistrais, sobre o quotidiano das nossas vidas”, frisou Rosa Cruz e Silva.

A ministra realçou ainda que é desejo de Angola receber em outras ocasiões encontros deste género, com vários escritores lusófonos presentes em Luanda, para assegurar o intercâmbio cultural e o reforço das relações históricas, de aliança, amizade e solidariedade entre os diferentes países. “A língua portuguesa se enriquecerá neste contacto permanente e profundo com as línguas nacionais dos países que aqui se representam”, acrescentou.

Para o secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, a língua portuguesa é um instrumento determinante para a relação de natureza económica, cultural e até social. “É por essa razão que a língua portuguesa está a crescer e é hoje seguramente a quinta língua mais falada do mundo e a terceira língua mais falada do ocidente”, disse Vítor Ramalho.

Por sua vez, o presidente da Comissão Administrativa de Luanda, José Tavares Ferreira, realçou a importância do encontro, o primeiro que se realiza fora do Brasil, no intercâmbio de culturas, com a vantagem de ser feito na mesma língua.

José Tavares Ferreira anunciou, na ocasião, a retoma do prémio literário Cidade de Luanda.

O V Encontro de Escritores de Língua Portuguesa contou com a participação de 17 escritores, de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau.