Os números do CPI a que a Lusa teve acesso indicam que também o investimento interno disparou, ao passar de 561 milhões de dólares em 2013 para 2,2 mil milhões em 2014.
A energia, com apenas cinco projectos aprovados pelo CPI, foi o sector que cativou o maior volume de investimento no ano passado, 46,1% do valor total, seguido dos serviços (11,5%), dos transportes e comunicações (9,7%) e do turismo e hotelaria (8,5%).
Portugal, com 98 projectos, no valor de 336 milhões de dólares, foi o quarto maior investidor estrangeiro no ano passado, numa lista liderada pelos Emiratos Árabes Unidos (891 milhões de dólares), Maurícias (527 milhões) e África do Sul (386 milhões).
A China, que, tal como Portugal, figura habitualmente no pódio dos maiores investidores em Moçambique, ficou em quinto lugar numa lista com 45 entradas e que inclui também Macau, no 7.º posto, Brasil, no 23.º e Angola, no 38.º.
Somando o investimento directo e local a suprimentos e empréstimos, o valor total dos projectos aprovados pela CPI atingiu os 7 mil milhões de dólares, gerando 42 mil postos de trabalho, com maior impacto nos sectores dos serviços, construção e obras públicas, agricultura, indústria e energia.
Mais de um terço dos montantes envolvidos nos projectos de investimento foi aplicado na província de Tete (39% do total), onde se concentra a indústria de carvão, destacando-se também a Cidade de Maputo (18,2%), Sofala (16,1%) e Cabo Delgado (15,2%), esta última correspondente à região onde se espera iniciar nos próximos anos a exploração de uma das maiores reservas de gás natural do mundo.