Centro de alto rendimento de Macau pronto dentro de três anos

O centro de alto rendimento há muito prometido pelo Governo de Macau vai estar concluído dentro de três anos, revelou o presidente do Instituto do Desporto (ID), Pun Weng Kun.

“A elaboração do projecto já está na última fase (…). Esperamos que esteja concluído dentro de três anos”, disse Pun Weng Kun à agência Lusa, referindo-se ao Centro Polivalente de Estágio.

Este centro destina-se a acolher os atletas de alto rendimento que participam no plano de formação e, numa fase posterior, “caso haja condições”, atletas estrangeiros.

Actualmente, há mais de uma centena de atletas de elite incluídos no programa de apoio financeiro concebido pelo Governo de Macau em 2014. Contudo, apenas dez se dedicam em exclusivo a uma modalidade, com formação especializada.

No nível mais elevado do programa – reservado a medalhados com ouro em Mundiais ou Jogos Asiáticos – está apenas Huang Junhua, praticante de wushu (kung fu), que recebe 25 mil patacas (2.788 euros) mensais, segundo dados do ID.

Nas modalidades praticadas pelos restantes nove, incluindo portadores de deficiência, há sobretudo artes marciais – wushu, karaté e taekwondo. Estes encontram-se numa categoria inferior, que também exige a conquista de pódios em competições internacionais, recebendo um financiamento menor.

Os dez atletas de elite treinam pelo menos cinco dias por semana ou um mínimo de 25 horas. O programa divide os atletas em três grandes níveis, sub-divididos em diversas categorias, às quais correspondem por conseguinte distintos financiamentos.

O presidente do ID reconheceu que “no passado, o número era maior”, pelo que a ideia passa por “sensibilizar os atletas para que adiram ao programa de modo a passarem para um nível semi-profissional ou profissional”.

Apesar de o plano não exigir a prática de uma modalidade específica, admitiu a vontade de “aumentar o nível desportivo”, em particular das artes marciais – com especial destaque para o wushu –, por permitirem uma “formação mais sistemática”, como disciplinas individuais.

O ID pretende melhorar a formação em outros desportos como ténis de mesa, barcos-dragão ou futebol: “Não é por se ter bons ou maus resultados, é porque são as modalidades favoritas e as mais praticadas pela população”.