Academia de Medicina de Macau prometida para “meados do ano” com médicos portugueses

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau disse que a Academia de Medicina, um projecto anunciado em 2016, estará concluída “em meados deste ano”, estando prevista a contratação de médicos de Portugal.

“O Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] está a dar muita importância às políticas de saúde. Em meados deste ano vamos ter uma Academia de Medicina e iremos aumentar o número de pessoal, sobretudo médicos especialistas, e contratar médicos especialistas ao exterior, por exemplo, de Portugal”, disse Alexis Tam, na Assembleia Legislativa, numa sessão de interpelações dos deputados ao executivo.

A formação desta academia, para promover o desenvolvimento contínuo dos profissionais de saúde, veio referida nas Linhas de Acção Governativa para 2016 e voltou a surgir no programa do Governo para este ano.

O documento indica que “foram realizados os trabalhos preparatórios para a criação da Academia de Ciências Médicas e os trabalhadores de saúde continuaram a ser mobilizados para a formação em serviço, no sentido de melhorar constantemente a qualidade da prestação de cuidados de saúde”.

Em Janeiro de 2016, Alexis Tam disse que a academia, que vai ser “orientada pelos Serviços de Saúde” e para a qual serão “contratados médicos com grande experiência clínica de Portugal e da China para a orientação dos formandos”, não vai estar localizada na Universidade de Macau, desconhecendo-se a futura localização.

Durante a sessão no hemiciclo, Tam voltou também a insistir na importância da formação de quadros bilingues e no desejo de tornar Macau num centro de formação de língua portuguesa na região da Ásia-Pacífico, projecto para o qual os portugueses residentes na cidade podem contribuir. “Antes do retorno à pátria havia portugueses em Macau e depois do retorno também há portugueses a viver em Macau, e estes também podem contribuir para a transformação de Macau para uma base de talentos bilingues”, afirmou.

O secretário garantiu que o Governo “investiu muitos recursos” na formação de bilingues, “tanto nas universidades, como nas instituições de ensino não superior e no ensino infantil”, incluindo uma “nova política para que os estudantes possam aprender línguas estrangeiras, por exemplo, em Portugal”.

“Estamos a proceder às formalidades administrativas. Sei que muitos alunos estão interessados em aprender português”, disse.