Novo presidente da Casa de Macau em Portugal

Álvaro Andrade é, desde 27 de Março do corrente ano, o novo presidente da Casa de Macau em Lisboa, sucedendo no cargo a Vítor Serra de Almeida. O novo presidente já integrava a Direcção anterior, como vice-presidente. Nascido em Macau em 1941, Álvaro Andrade deixou a sua terra natal em 1964 para prosseguir os seus […]

Álvaro Andrade é, desde 27 de Março do corrente ano, o novo presidente da Casa de Macau em Lisboa, sucedendo no cargo a Vítor Serra de Almeida. O novo presidente já integrava a Direcção anterior, como vice-presidente. Nascido em Macau em 1941, Álvaro Andrade deixou a sua terra natal em 1964 para prosseguir os seus estudos em Lisboa. Regressou a Macau em 1985, onde exerceu as funções de chefe da Divisão de Informática na Direcção dos Serviços de Economia e, mais tarde, de director do Banco Nacional Ultramarino, integrando a equipa liderada por Abílio Dengucho. Retornaria a Portugal em 1993 para, mais tarde, se reformar como quadro da Caixa Geral de Depósitos. Ainda em Macau foi presidente do Rotary Club Amagao e sócio fundador da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Macau sendo ainda hoje Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Macau.

Quatro décadas

Entretanto, a Casa de Macau em Portugal celebrou, no passado dia 24 de Junho, dia de S. João, padroeiro da cidade de Macau, o seu 40º aniversário, com a organização de um Chá Gordo que reuniu mais de duas centenas de pessoas, entre sócios e convidados. O programa teve início com uma missa campal no jardim da Casa, celebrada pelo Pe. Rios, à qual se seguiu uma singela homenagem aos seus sócios fundadores, em particular, aos dois únicos que ainda se encontram entre nós – Maria do Céu Saraiva Jorge e Mariano Tamagnini Barbosa. Marcaram presença nas cerimónias Ambrose So, cônsul honorário de Portugal em Hong Kong e presidente da Assembleia Geral da Associação dos Macaenses, e José Manuel Rodrigues, presidente do Conselho das Comunidades Macaenses e da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, bem como alguns dirigentes das Casas de Macau radicadas nos EUA. A juventude macaense também não faltou, fazendo-se representar por bolseiros a estudar em Portugal. Álvaro Andrade, na qualidade de presidente da Casa de Macau em Lisboa, afirmou que o evento se traduziu “numa verdadeira festa macaense, por todos vivida com alegria e emoção, contribuindo para a afirmação desta comunidade que todos queremos ver unida e vibrante”.

Junho, mês das festas

Por seu turno, a diáspora macaense radicada no estado norte-americano da Califórnia celebrou as datas de 10 de Junho, Dia de Portugal, e 24 de Junho, dia de S. João, padroeiro da cidade de Macau, com um desfile organizado pela cidade de São José. Enquanto as três Casas de Macau radicadas nos Estados Unidos – Lusitano Club of California, a União Macaense Americana e a Casa de Macau (USA) – davam mostras dos seus dotes culinários aos mais de sete mil participantes nas festividades que decorrerem ao longo do dia, a promoção da RAEM como destino turístico ficou a cargo da Associação dos Empresários Macaenses da Califórnia. Também em Toronto, no Canadá, a data de São João Baptista foi assinalada com uma confraternização que reuniu mais de 125 associados. Depois de realizada uma missa, em nome da grande família macaense espalhada pelos quatro cantos do mundo, seguiu-se a festa, onde não faltaram os pratos tradicionais macaenses e as danças folclóricas.

Diáspora alarga rede comercial

A rede de associações de empresários macaenses na diáspora, iniciada no Brasil e nos Estados Unidos da América, foi reforçada com a criação da Associação Económica e Empresarial Macaense de Portugal. A cerimónia de instalação coincidiu com a visita do Chefe do Executivo da RAEM, Edmund Ho, a Portugal, tendo a presidência da Comissão Instaladora ficado a cargo de Rui Amaral, que é presidente da Mesa da Assembleia Geral da Casa de Macau em Portugal. Com o intuito estatutário de promover as relações económicas e comerciais entre Macau e Portugal, a recém-criada associação encontrou na Associação Comercial de Macau, com quem celebrou um protocolo de cooperação, o seu parceiro estratégico na RAEM. Depois do repto lançado em S. Paulo e repetido pela diáspora macaense radicada no estado norte-americano da Califórnia e em Portugal, decorrem negociações para alargar a rede ao Canadá. Entretanto abordado, o Clube Lusitano de Hong Kong, demonstrou também interesse em aderir à iniciativa comercial da diáspora.

Encontro das Comunidades em preparação

Os dirigentes das Casas de Macau reúnem-se em Novembro próximo em Macau tendo em vista a preparação do Grande Encontro das Comunidades Macaenses em 2007. A Comissão Organizadora do Encontro, patrocinado pela Fundação Macau, convidou as recém-criadas associações comerciais da diáspora a participarem no debate do programa do evento. A preservação do património cultural macaense através das novas gerações tem-se assumido como a principal preocupação da comunidade. Na mesma ocasião será ainda aprovado o Orçamento do Conselho Permanente das Comunidades Macaenses – organismo que reúne as doze Casas de Macau na diáspora e as principais instituições macaenses da RAEM.

Prémio milionário na Taça Clube Lusitano de Hong Kong

A já tradicional Taça Clube Lusitano de Hong Kong, disputada anualmente a 10 de Junho no Hong Kong Jockey Club, valeu um prémio de um milhão de dólares de Hong Kong (125 mil de dólares norte-americanos) ao cavalo nº 2, “Our Jet”. Embora não se contasse entre os favoritos na corrida nº 668 da temporada, o “Our Jet” bateu os seus pares concorrentes ao percorrer os 1200 metros na pista de terra batida do Hipódromo de Sha Tin em um minuto, dez segundos e dez milésimos. Em representação do Clube Lusitano para entregar o troféu esteve Sir Roger Lobo, cavaleiro da Coroa Britânica e antigo deputado do Conselho Legislativo de Hong Kong.