Produtores de vinho do Tejo terminam promoção pela China

Nove produtores de vinhos do Tejo terminaram em Macau uma acção promocional no mercado chinês, iniciada em Pequim, com o objectivo de manter a linha de crescimento nas exportações, que no ano passado foi de 9%.

 

“Temos vindo sempre a registar crescimentos todos os anos. Estamos perto de um volume total de um milhão de litros exportados para o mercado chinês, e no ano passado registámos um crescimento de 9%. Portanto, a nossa meta seria ficar na mesma linha de crescimento de anos anteriores”, afirmou à agência Lusa a coordenadora do departamento de promoção e marketing da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Tejo.

Edna Barbosa explicou que os dados incluem Macau, Hong Kong e interior da China.

A Adega Cooperativa do Cartaxo, Casal Cadaval, Casal da Coelheira, Casal do Conde, Companhia das Lezírias, Fiuza, Quinta da Alorna, Quinta da Ribeirinha e Quinta Vale de Fornos são os produtores participantes no ‘roadshow’ iniciado na terça-feira da semana passada em Pequim, e que passou por Xiamen e Guangzhou até chegar a Macau.

A visita dos produtores, que no total representam mais de 70 vinhos, incluiu provas abertas e seminários com provas guiadas, além da participação na feira Interwine Guangzhou.

A CVR Tejo iniciou as acções promocionais para o mercado chinês em 2009.

Para a acção deste ano dos Vinhos do Tejo foram definidos dois objectivos: “apoiar a consolidação para os produtores que já estão a exportar para o mercado chinês, nomeadamente para a província de Guandgong e Macau e, por outro lado, tentar abrir novos mercados, sobretudo na região de Pequim”.

Nesse sentido, nas cidades de Pequim e Xiamen, além das provas de vinhos, realizaram duas ‘master classes’ (aula) com um objectivo educacional, explicou Edna Barbosa.

Para a responsável pelo marketing, as maiores dificuldades para a entrada no mercado chinês passam pela “barreira cultural e linguística, que é difícil de ultrapassar ainda, apesar do recurso à tradução”, e pelo “desconhecimento do produto”.

“O vinho é um produto relativamente novo ainda para os chineses e, desta forma, é sempre um trabalho de longo prazo fazer promoção no mercado chinês, porque existe de facto uma parte educacional muito forte, também suportada por acções de promoção genérica”, referiu.

“O desenvolvimento das acções tem a ver com as metas que pretendemos alcançar: formar o consumidor e o ‘trade’ para os vinhos portugueses, e do Tejo em particular, mas também promover a região e os produtores que vêm connosco”, acrescentou.