Macau à distância de um clique com Portal Digital Macau-China em chinês

A versão em chinês do Portal Digital Macau-China, um projecto do Observatório da China com cerca de 140 mil páginas digitalizadas de descrições portuguesas desses dois territórios dos séculos XVI ao XIX, foi apresentada em Lisboa.

 

“A importância deste projecto tem que ver com o facto de, a partir de agora, Macau ficar à distância de um clique de qualquer cidadão que tenha acesso à Internet”, disse à Lusa Rui D’Ávila Lourido, presidente do Observatório da China, que contou, para a sua concretização, com o apoio da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e o patrocínio da Fundação Macau.

Na sessão de apresentação da nova versão do portal (www.fontesmacau.observatoriodachina.org) realizada na BNP, Rui Lourido sublinhou o papel pioneiro da cidade de Macau “na transferência e interinfluência de conhecimentos técnico-científicos – botânicos, medicinais, geográficos e cartográficos”, político-sociais e culturais entre o mundo ocidental e a Europa em particular com a China”.

“O fortalecimento da memória histórica, da identidade, da coesão social e da auto-estima são elementos decorrentes do conhecimento, para o qual a publicação do Portal Digital, proposto pelo Observatório da China e criado pelo projecto ‘Descrições de Macau-China dos séculos XVI ao XIX’ quer contribuir”, referiu.

Segundo o responsável, a Biblioteca Digital sobre Macau pretende ser um instrumento pedagógico ao serviço da comunidade académica e população interessada para divulgar informação “de forma clara, simples e gratuita, mas rigorosa e científica”.

“Permitirá o acesso directo, internacional e imediato a fontes históricas até agora só acessíveis nos arquivos portugueses ou em edições de difícil acesso”, frisou, acrescentando que “ao serem digitalizadas pela primeira vez, muitas destas obras passam a ser preservadas da degradação do tempo, garantindo-se a sua salvaguarda para a leitura de um público internacional e instrução das gerações vindouras”.

“É uma documentação vastíssima que é a primeira vez que está num único sítio totalmente digitalizada com os livros em versão integral”, frisou Rui Lourido à Lusa, no final da sessão, em que participaram também a presidente da BNP, Inês Cordeiro, o secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, e o presidente da Fundação Macau, Wu Zhiliang.