Governo de Macau quer mais professores de português

O secretário para a Economia e Finanças de Macau manifestou o seu apoio à contratação de mais professores de português, de modo a aumentar os quadros bilingues e assim incentivar os negócios com os países da lusofonia.

A pergunta partiu do deputado Mak Soi Kun, durante a apresentação e debate setorial das Linhas de Acção Governativa para 2016: “Há muitos projectos que têm que ver com os países de língua portuguesa, mas as gentes locais não falam português. A maioria das escolas só ensina inglês como língua estrangeira. Será que agora também têm de ensinar português? 66% [dos residentes] domina inglês, mas só 10% o português. Sugiro a contratação de professores experientes para ensinar português aos chineses”.

Lionel Leong, que durante o seu discurso de abertura voltou a sublinhar a importância de Macau como plataforma entre a China e a lusofonia, recebeu a sugestão com agrado, considerando-a “uma ideia excelente”. “Se conseguirmos importar mais professores de português e assim formar os nossos quadros em língua portuguesa, podemos responder às necessidades do desenvolvimento das diferentes indústrias de Macau”, afirmou, garantindo que iria transmitir essa mensagem “aos serviços competentes”.

Durante a apresentação do programa da sua pasta para 2016 aos deputados, o secretário anunciou que o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) vai criar um departamento para “focar-se exclusivamente nos trabalhos económicos e comerciais relativos aos países lusófonos”.

Neste sentido, Lionel Leong lembrou também que o IPIM vai instalar, no próximo ano, representações em Portugal e no Brasil, “no sentido de prestação de serviços de consultadoria profissional às empresas do interior da China e de Macau (…) com negócios iniciados nesses países”.