Incêndio no Templo de A-Má obriga a obras durante um ano

Um incêndio no Templo de A-Má, em Macau, classificado pela UNESCO, vai obrigar a um ano de obras, apesar de o pavilhão principal se encontrar em estado “aceitável” e peças históricas não terem ficado danificadas.

 

Após uma inspecção realizada ao Templo de A-Má, a chefe do departamento do Património Cultural do Instituto Cultural de Macau, Leong Wai Man, referiu que “a estrutura do pavilhão principal [onde se registou o incêndio] encontra-se em estado aceitável” e que “não existe perigo” actualmente.

A mesma responsável disse, citada num comunicado, que se prevê que “a recuperação estrutural esteja concluída dentro de dois ou três meses” e que “as obras de recuperação do templo original levem pelo menos um ano”.

Leong Wai Man considerou “que a estrutura danificada pode ser recuperada pelos artesãos locais” e que “não será necessária a ajuda de peritos do exterior”.

Também salientou que o incêndio não causou danos em itens de interesse histórico no interior do pavilhão e que a estátua da Deusa A-Má não foi afectada.

Segundo um relatório preliminar dos bombeiros, o incêndio no Templo de A-Má ficou a dever-se a um curto-circuito ocorrido durante a noite, período durante o qual não estavam a ser queimados incensos no pavilhão. O incêndio foi apagado em poucos minutos, segundo informações dos bombeiros aos meios de comunicação locais.

O Templo de A-Má é um dos cartões-de-visita de Macau, a par de ícones como as Ruínas de São Paulo, e é um dos locais mais visitados pela população durante a noite e primeiro dia do Ano Novo Lunar.

O templo já existia antes do estabelecimento da cidade de Macau, segundo os Serviços de Turismo.

É composto pelo Pavilhão do Pórtico, o Arco Memorial, o Pavilhão de Orações, o Pavilhão da Benevolência, o Pavilhão de Guanyin e o Pavilhão Budista Zhengjiao Chanlin, dedicados à veneração de diferentes divindades.

Os vários pavilhões do Templo de A-Má foram construídos em diferentes épocas, e a sua configuração atual data de 1828, de acordo com as autoridades locais.

O templo faz parte do património de Macau classificado há dez anos pela UNESCO, o organismo das Nações Unidas para a Educação e Cultura.