Portugal quer aprofundar relações com Macau

O secretário de Estado da Indústria do Governo de Portugal, João Vasconcelos, disse que o País pretende aprofundar as relações com Macau no âmbito das "novas empresas, tecnológicas e científicas" e que o território deve ser visto como "porta de entrada" na Ásia.

João Vasconcelos terminou uma visita a Macau e sublinhou que o território deve ser visto por empresários portugueses e da lusofonia em geral como porta de entrada na Ásia.

Macau é “um local perfeito” para “alguém da cultura portuguesa e da língua portuguesa” se estabelecer na Ásia e entrar na China, sublinhou, em declarações aos jornalistas, após dois dias no território em que teve encontros com membros do Governo da região e empresários, entre outras entidades.

Segundo revelou, abordou “várias propostas” nestes encontros, ligadas às “empresas tecnológicas” e “do mundo digital”, sublinhando que Portugal “se tem apresentado ao mundo como um país ‘friendly’ [amigo] de ‘start up’ e de novas empresas”, fruto do “investimento nas últimas décadas” em “infra-estruturas tecnológicas”, na ciência e na qualificação das novas gerações.

João Vasconcelos espera, por isso, que estes contactos em Macau tenham resultados concretos “nos próximos meses”, sublinhando que teve uma “receptividade muito boa” por parte das autoridades.

Segundo o secretário de Estado, há “interesses em comum” e a estratégia portuguesa adequa-se à que tem Macau para a diversificação da economia, para a tornar menos dependente do jogo.

Dizendo-se “surpreendido” com o “novo Macau” que conheceu nestes dias, João Vasconcelos defendeu que é agora tempo, após séculos de relações com o território, de “mostrar um novo Portugal em Macau, uma nova economia e com novos empreendedores”, sublinhando que sentiu que este é “um projecto também ambicionado pela própria sociedade civil”.

João Vasconcelos revelou que convidou o secretário que tutela a Economia no Governo de Macau, Lionel Leong, a visitar Portugal e assegurou que o Governo português estará, “seguramente”, representado “ao mais alto nível” na reunião ministerial deste ano do Fórum Macau, a plataforma, criada por Pequim, que visa estreitar as relações comerciais entre a China e os países da lusofonia.