Macau acolhe encontro de escritores de língua portuguesa da UCCLA em 2017

Macau acolherá pela primeira vez em 2017 o Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, confirmou o coordenador cultural da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Rui d'Ávila Lourido.

 

Como aconteceu nas seis edições anteriores (quatro no Brasil, uma em Angola e outra em Cabo Verde), o objectivo da UCCLA é reunir em Macau escritores de todos os países lusófonos, mas também, neste caso, haja “um contributo para o desenvolvimento da língua portuguesa e no contacto com a China e com Macau”, explicou Rui d’Ávila Lourido, em declarações aos jornalistas em Macau.

“É um outro critério que queremos deixar expresso, que seja um contributo para as relações entre os países que falam a língua portuguesa, a lusofonia, a cultura expressa em português, com a China e com Macau em particular”, afirmou.

Rui d’Ávila Lourido considerou que “Macau é fundamental” por representar cinco séculos de presença da língua portuguesa na China, que ao longo da História tiveram como resultado obras como “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, e tem hoje continuidade com, por exemplo, autores e investigadores chineses que falam português.

A UCCLA está a negociar a possibilidade de o encontro de 2017 ser feito em associação com o Festival Literário de Macau (“The Script Road”) e com o apoio “das instituições que em Macau se dedicam à cultura”, afirmou.

Nos seis encontros anteriores, já estiveram mais de 90 escritores, incluindo cinco Prémios Camões e alguns dos “mais famosos” autores dos países da lusofonia, referiu.

Rui d’Ávila Lourido apelou, por outro lado, à participação de autores de Macau no Prémio Literário UCCLA, apresentado no ano passado e que será atribuído este ano pela primeira vez.

As candidaturas acabam a 31 de Março e o vencedor será anunciado a 5 de Maio, que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa instituiu como o Dia da Língua Portuguesa.

Além do vencedor do prémio, serão atribuídas oito menções honrosas, ou seja, um autor de cada país ou território de língua portuguesa será distinguido.

Todas as obras premidas serão publicadas.

Integram o júri nomes como Germano de Almeida (Cabo Verde), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe), Isabel Pires de Lima (Portugal) ou José Mendonça (Angola).