Guimarães promove património industrial do concelho em Macau

O Fórum Ambiental de Macau é o primeiro espaço internacional em que a autarquia de Guimarães está promover o seu novo produto turístico-industrial “Guimarães Marca”, que arrancou em Fevereiro e integra cerca de 25 empresas e entidades do concelho.

Entre 17 expositores oriundos de Portugal, incluindo ‘start-ups’ e empresas de serviços e consultoria na área energética, Guimarães é a única autarquia que marca presença na 9.ª edição do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa), que termina no sábado.

“Guimarães, estando agora mais conhecida a nível turístico, devido ao seu património cultural e arquitectónico, queremos que seja conhecida pelas empresas”, afirmou à agência Lusa Marta Mota Prego, da divisão de desenvolvimento económico da Câmara de Guimarães.

“São muitas décadas de inovação e queremos passar essa imagem cá para fora”, acrescentou, ao salientar que Guimarães se carateriza maioritariamente por ser “um concelho de têxtil-lar, confecção, calçado e cutelaria”.

A aposta em Macau passa por fazer “marketing territorial de tudo o que existe de excelente no concelho”.

A estratégia, observou Marta Mota Prego, enquadra-se no âmbito do objectivo de “promover o tecido empresarial e captar investimento”.

Em Setembro do ano passado, a autarquia vimaranense recebeu uma comitiva de empresários chineses interessados na área agro-alimentar do concelho, recordou, a título de exemplo, ao observar as relações comerciais com a China também no sector têxtil. “Há todo o interesse em dinamizar estas relações e Macau é um ponto estratégico de transação comercial”, acrescentou.

A promoção da “Guimarães Marca” em Macau surge na sequência de um convite da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC), mas no futuro a ideia é o projecto vir a ter ‘stand’ próprio nas principais feiras de cada sector das empresas associadas. “É um projecto em que somos todos embaixadores uns dos outros”, explicou, salientando que “as empresas, ao promoverem o seu produto, estão a promover a cidade”, e vice-versa.

“É este ‘selo’ que queremos exportar”, sublinhou a responsável da divisão de desenvolvimento económico da Câmara de Guimarães.

Além de empresas do concelho do ramo têxtil-lar, vestuário, calçado e cutelaria, integram também o “Guimarães Marca” outras entidades, como o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).

As preocupações ambientais e o “tipo de estratégia para poder ser uma empresa cada vez mais verde e sustentável” são aspetos referidos no regulamento de adesão ao “Guimarães Marca”.

Guimarães, que foi Capital Europeia da Cultura em 2012, Cidade Europeia do Desporto em 2013, está actualmente a preparar uma candidatura ao título de Capital Verde Europeia em 2020. “Vai ser a primeira vez em que uma cidade desta dimensão vai concorrer”, salientou.