Cantora cabo-verdiana Teté Alhinho estreia-se em Macau

A cantora Teté Alhinho, distinguida recentemente com o Prémio Melhor Morna no âmbito dos Cabo Verde Music Awards, estreia-se na sexta-feira em Macau, onde vai apresentar o seu mais recente CD, “Mornas Ao Piano”.

Teté Alhinho actua no Teatro D. Pedro V, naquele território, acompanhada por três músicos que gravaram consigo: Ricardo de Deus, ao piano, Carlos Barreto, no contrabaixo e Ndu Carlos, nas percussões, disse à agência Lusa a sua produtora, Mónica Jardim.

O álbum “Mornas Ao Piano” foi editado no dia 7 de Abril, e no passado sábado “Mindel de Mãe Auta”, o tema de abertura do álbum, com música e letra de Teté Alhinho, recebeu, na Cidade da Praia, o Prémio para a Melhor Morna, nos Cabo Verde Music Awards.

Neste CD, a intérprete assina, ainda a letra e música, de “C’lamor”, “Lua Bonita” e “N’tem Un Amor”.

Em declarações à Lusa, em Abril último, Teté Alhinho definiu este álbum, que sucede ao CD “Voz” (2004), como como “um regresso ao colo da música cabo-verdiana”.

“Além de mornas, que são maioritárias, este CD tem um batuque de Mário Lúcio, uma coladera e uma mazurca, além de temas compostos por mim”, afirmou Teté Alhinho, que resgatou mornas de Daniel Mariano, Paulinho Vieira, Jacinto Estrela e B. Leza.

Teté Alhinho assina a composição de “Muchacho Loco”, da poetisa cubana Carilda Oliver Labra, e de dois poemas de Mário Lúcio, “N’tem um amor” e “P’Auta”, este último, uma homenagem à mãe da artista.

Teté Alhinho, de 60 anos, é autora e compositora de mais de 50 canções, entre as quais “Dia T´chuva Bem”, “A téma”, “Chibinho”, “C´Lamor”, “Coladera nobo”, “Conversa adiada”, “Desabafo”, “Dia qui’m vira”, “Mudjer” e “Terra verde”.

A cantora e compositora começou a cantar ainda jovem tendo feito parte, entre outros, dos grupos A Voz de Cabo Verde, Ritmos Caboverdianos, Os Tubarões, Bulimundo e Simentera.

Entre 1975 e 1980 estudou em Cuba, onde participou em vários programas radiofónicos cantando e acompanhando-se ao violão.

Em meados da década de 1980 gravou, em Portugal, o primeiro álbum, “Mares do sul”, com a produção de Paulino Vieira e Péricles Duarte, regressando em seguida a Cabo Verde, onde fez parte dos Simentera, com os quais percorreu vários palcos internacionais, e retomou a carreira a solo, tendo gravado o álbum “Menino das ilhas”, produzido por Paulino Vieira.