Cartaz :: Junho e Julho de 2017

Espectáculos e exposições em Macau, Junho e Julho de 2017

ESPECTÁCULOS

AGENDA

 

Portugal dos pequeninos

 

Um espectáculo dedicado às crianças é a proposta do trio composto por Tomás Ramos de Deus, Felipe Fontenelle e Miguel Andrade. O projecto Castelos no Ar vai subir ao palco do Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau no próximo dia 9 de Junho, pelas 20h00.

Depois de Sunny Side Up e 80&Tal, o trio quer agora surpreender Macau com um trabalho temático dedicado exclusivamente aos mais pequeninos. A ideia surgiu muito facilmente, confidenciou à MACAU o vocalista principal do grupo, Tomás Ramos de Deus. “O projecto demorou cerca de cinco meses a ser composto, produzido e impresso. Mas todos nós tivemos muita inspiração. Pensámos nos nossos filhos e sobrinhos e a coisa fluiu muito bem.”

Com o apoio da Casa de Portugal, nasceu o disco e depois apareceu a necessidade de tocá-lo ao vivo. Para isso, o trio convidou o acordeonista português Carlos Lopes. “Achámos que seria interessante acrescentar elementos tradicionais portugueses. Daí termos convidado o Carlos.”

A apresentação do disco composto por 12 faixas, com músicas próprias e inéditas do imaginário infantil, traz a lume escritos de poetas portugueses consagrados e está integrada nas comemorações do Dia de Portugal. “São poemas infantis, mas escritos de forma rica, com um vocabulário rico. É importante transmitir essa ideia. Que não vamos para ali cantar o Atirei o Pau ao Gato ou a Que Linda Falua. Este disco é muito mais do que Músicas da Carochinha.”

Entre as poemas musicados que o público pode ouvir durante o espectáculo destacam-se Carrossel, de Luísa Ducla Soares, No Fundo Mar, de Sophia de Mello Breyner Andersen, Os Livros, de José Jorge Letria, ou Gato que Brincas na Rua de Fernando Pessoa.

Tomás Ramos de Deus, na voz e na guitarra, Felipe Fontenelle, também na voz, no baixo, percussão e guitarra, e Miguel Andrade, apenas na guitarra, estão satisfeitos com o resultado e esperam que o público mais pequeno “difícil de captar a atenção” também aprecie. “O mundo das crianças é algo de muito complicado. Digo isso porque é preciso captar a atenção delas e isso é uma tarefa árdua. Penso que está um trabalho muito giro”, refere o vocalista do trio.

O concerto é basicamente a apresentação do disco. Contudo, “12 músicas parece-nos muito pouco para um espectáculo, por isso, vamos levar mais temas para complementar”.

Expectativas altas? “Espero que corra tudo bem. Acima de tudo, o nosso desejo é que os pais compareçam e tragam os seus filhos. Queremos que isto seja um evento de família pois só assim fará sentido. Haverá muita interacção.”

O grupo espera ainda que o trabalho não fique esquecido neste disco e concerto. A ideia é levá-lo até às escolas, até porque sentem que têm uma missão. “Estamos a tentar uma parceria com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude. Gostávamos muito de ir às escolas porque, no final das contas, tudo isto tem uma componente pedagógica. Nós queremos participar directamente na educação das crianças através da música.”

 

Castelos no Ar

Tomás Ramos de Deus, Felipe Fontenelle e Miguel Andrade

9 de Junho, 20h00

Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau

Entrada gratuita mediante levantamento de ingresso na sede da Casa de Portugal

 

 

 

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[MÚSICA]

Marcel Khalife: Músicas do Mundo em Concerto

As sonoridades da música do Médio Oriente voltam a Macau com o libanês Marcel Khalife a subir ao palco do Centro Cultural de Macau. O espectáculo combina a tradição do alaúde e o jazz, os ritmos da música clássica e da música popular. Marcel Khalife é um dos músicos árabes contemporâneos que mais se destacam na cena musical internacional. A sua contribuição para promover as artes e a cultura foi reconhecida através de diversos galardões, como o Prémio Palestina para a música em 1999, a designação de Artista para a Paz da UNESCO, em 2005, e o prémio da Academia Charles Cross, em 2007.

 

17 de Junho, 20h00

Centro Cultural de Macau

Bilhetes a partir de MOP 100

 

 

[MÚSICA]

Recital de violino com Richard Lin

Nascido nos Estados Unidos mas com raízes em Taiwan, Richard Lin apresenta em Macau uma selecção para violino de grandes clássicos de Mozart, Szymanowski, Fauré e Sarasate. Com apenas 26 anos – e uma carreira de quase duas décadas -, Richard Lin já recebeu vários galardões internacionais, entre os quais o primeiro lugar da Competição Musical Internacional de Sendai (Japão) e a terceira classificação na Competição Internacional de Violino Joseph Joachim de Hannover (Alemanha).

 

18 de Junho, 20h00

Centro Cultural de Macau

Bilhetes a partir de MOP 160

 

 

[MÚSICA]

Concerto de Encerramento da Temporada 2016-17 da Orquestra de Macau

A Orquestra de Macau irá encerrar a temporada musical de 2016-17 com uma versão concerto de “Eine florentinische Tragödie” (Uma Tragédia Florentina), a ópera mais famosa de Alexander von Zemlinsky, baseada numa peça de teatro incompleta de Oscar Wilde. Tendo como cenário Florença no período renascentista, a ópera relata a história de um duelo entre um rico comerciante e um nobre motivado por um caso amoroso.

 

29 de Julho, 20h00

Centro Cultural de Macau

Bilhetes a partir de MOP 160

 

 

[MUSICAL/TEATRO]

Thriller Live

O espectáculo de música e dança percorre os maiores sucessos de Michael Jackson. “Thriller Live” foi criado para comemorar a carreira de um dos maiores artistas da música contemporânea, incluindo uma performance ao vivo com todas as rotinas de dança de Michael Jackson e um reportório musical conhecido do público.

 

Até 3 de Setembro

The Parisian Theatre

Bilhetes a partir de MOP 180

 

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EXPOSIÇÕES

AGENDA

Cinco séculos de história cartográfica online

 

Um projecto de investigação pioneiro da Universidade de Ciência e Tecnologia conseguiu reunir, nos últimos quatro anos, mais de 2500 mapas e atlas de Macau produzidos entre os séculos XV e XX. Uma parte da colecção está agora disponível online e pode ser explorada de forma gratuita no sítio electrónico da biblioteca da instituição.

O projecto “Mapeamento Global de Macau” propôs uma meta ambiciosa em 2013, quando foi lançado: recolher o maior número possível de mapas e atlas relacionados com a região, com o objectivo de criar a mais completa colecção cartográfica para os estudos de Macau. Quatro anos passados, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla inglesa) apresenta agora, de forma online e com acesso livre, uma parte da investigação que continua a avançar. Para já, o acervo, disponível online em gmom.must.edu.mo, conta com 500 mapas dos séculos XV a XX. Já nas instalações da biblioteca, estão disponíveis no total 700 mapas, “incluindo alguns de elevado valor histórico”, aponta a MUST.

Mas há mais a caminho. Já foram reunidas 2500 imagens no total e a vasta maioria encontra-se em processo de catalogação. O processo de recolha é a nível global e baseia-se numa investigação a fundo que recorre a acervos de bibliotecas, arquivos, museus e outras organizações internacionais. A Biblioteca Apostólica do Vaticano – a mais antiga biblioteca europeia, fundada em 1450 – e a biblioteca da Universidade de Harvard, que tem em sua posse mais de 600 mil mapas originais, deram acesso total à universidade para que duplicasse todo o material cartográfico relacionado com Macau. As bibliotecas da Universidade de Oxford e do Congresso dos Estados Unidos são outras importantes bases de referência para o projecto.

Dado o interesse público no acervo, a biblioteca promete que “tudo será tornado público” pouco a pouco, à medida que o trabalho de arquivamento vai sendo concluído. “Os mapas antigos são materiais históricos extremamente valiosos. Ao mesmo tempo em que assinalavam aspectos hidrográficos, os primeiros cartógrafos incluíam ilustrações das figuras ou estórias mais características dos lugares, retratando vivamente o conhecimento ou mesmo a imaginação da altura”, explica a instituição.

Todo o processo de investigação é bastante lento, devido a um número reduzido de colaboradores especializados na área. Além da dificuldade em manusear milhares de fontes, o facto da maioria das legendas encontrar-se em latim, português, francês ou italiano e a necessidade de conhecimentos sólidos em história e geografia mundiais tornaram-se entraves, segundo aponta Dai Longji, director da biblioteca da MUST, que conta que graças ao empenho e entusiasmo dos seus colaboradores em debruçar-se sobre a história de Macau foi possível avançar.

Há pelo menos 400 anos que Macau figura nos mapas mundiais desenhados pelo Ocidente, dando testemunho à identidade de Macau como uma das cidades mais conhecidas no Extremo Oriente, e do importante papel que desempenhava no intercâmbio entre a China e o Mundo Ocidental. O acervo cartográfico inclui fontes relacionadas com as rotas Lisboa-Goa-Macau, Macau-Nagasaki ou Macau-Manila-Acapulco, planos urbanísticos, ilustrações, cartas hidrográficas ou ainda quadros náuticos. “Estes mapas antigos podem ajudar-nos a conhecer de perto a história de Macau e a conhecer as glórias e os duros golpes que a cidade viveu ao longo dos tempos. Ao mesmo tempo, estes mapas antigos não deixam de ser obras de arte magnificamente trabalhadas. Pensamos que são capazes de oferecer abundante inspiração à indústria cultural e criativa de Macau”, acrescentam os responsáveis da universidade.

 

Mapeamento Global de Macau

Consulta permanente de mapas de Macau disponível em gmom.must.edu.mo ou presencialmente na biblioteca da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau

Acesso gratuito

 

 

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Estatuetas de Cerâmica e Selos dos 108 Heróis de Shui Hu

Mostra de cerâmica de Shiwan, carimbos, caligrafia e poesia que faz parte do espólio do Museu de Arte de Macau. A colecção inclui pinturas do artista local Chan Chi Wai e carimbos concebidos pelo mestre Lam Kan e os seus alunos Wong Hong Wa, Chou Sei Keong, Ho Ban, bem como uma série de peças de cerâmica do artista Lau Au Sang, doadas pela Associação Budista Soka Gakkai Internacional de Macau.

 

Até 19 de Novembro

Museu de Arte de Macau

Entrada livre

 

 

Exposição de Obras de Arte dos Membros do Comité da Juventude da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau 2017

A mostra apresenta 50 obras de 22 membros da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, entre eles artistas, professores e estudantes de cursos superiores de arte locais. A exposição tem como objectivo mostrar a vitalidade artística da juventude local.

 

Até 25 de Junho

Anim’ARTE Nam Van, sala S1

Entrada livre

 

 

A Golden Way of Life – TRES’ORS

Com curadoria de Anne Camili e no âmbito do festival Le French May, a exposição TRES’ORS reúne 150 criações em ouro que foram emprestadas por vários museus franceses e colecionadores privados naquela que é a primeira exposição do tipo. Destaque para as peças religiosas do Museu Notre-Dame de Fourvière de Lyon, relógios dos séculos XVIII e XIX do Museu de l’Horlogerie de Morteau, ou ainda a escultura “La Jeune Fille à la Colombe”, de Zadkine.

 

Até 3 de Setembro

MGM Macau

Entrada livre

 

 

Tibete Revelado: Arte do Tecto do Mundo

A galeria local reúne 20 obras contemporâneas e 30 thangkas (rolos de pintura com figuras religiosas do budismo) da autoria de artistas tibetanos a viver na região chinesa ou fora dela, com o objectivo de demonstrar a beleza e a complexidade da cultura e da religião tibetanas. Um dos artistas em destaque é Tashi Norbu, que actualmente vive na Holanda e que traz a Macau algumas das suas pinturas em exposiçãoo na Semana de Arte Asiática de Nova Iorque.

 

Até 22 de Junho

Galeria Iao Hin

Rua da Tercena, 39, Macau