Grande Prémio de Macau termina com emocionante corrida de Fórmula 3 

O 64.º Grande Prémio de Macau, que chegou ao fim este domingo, ficou marcado pela morte de um piloto nas motos, mas também por uma emocionante corrida de Fórmula 3, a ‘prova rainha’, que acabou por ser decidida apenas na última volta.

A morte do piloto britânico Daniel Hegarty (Honda), de 31 anos, na sequência de um acidente, ocorrido a meio da prova de motos, realizada no sábado, marcou o Grande Prémio de Macau, que não registava fatalidades desde 2012. Cumpriu-se um minuto de silêncio e o portal na Internet do Grande Prémio de Macau foi colocado a preto e branco.

Embora sem lugar a celebrações, o britânico Glenn Irwin (Ducati) venceu o Grande Prémio de Motos, com os compatriotas Peter Hickman e Michael Rutter, ambos em BMW, a completarem o pódio da prova, da qual o português André Pires acabou por não participar devido a uma avaria no motor.

No domingo, os holofotes voltaram-se para o Grande Prémio de Fórmula 3. O britânico Daniel Ticktum (Dallara Volkswagen) foi o inesperado vencedor na sequência de uma reviravolta espectacular na última volta em que os dois pilotos que seguiam na frente – o brasileiro Sérgio Sette Câmara (na foto) e o austríaco Ferdinand Habsburg (ambos em Dallara Volkswagen) – acabaram por ficar de fora do pódio após um despiste à saída da derradeira curva.

O britânico Lando Norris (Dallara Volkswagen) e o estónio Ralf Aron (Dallara Mercedes) subiram ao segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Antes da ‘prova rainha’, promovida a Taça do Mundo da Federação Internacional Automóvel na edição anterior do Grande Prémio de Macau, disputou-se no circuito da Guia a penúltima etapa do Mundial de Carros de Turismo de WTCC, com o britânico Rob Huff (Citroën) a vencer a corrida principal da etapa, à frente do húngaro Norbert Michelisz (Honda) e do britânico Tom Chilton (Citroën).

Esteban Guerrieri, que conduziu o Honda Civic do português Tiago Monteiro, que falhou a etapa de Macau, foi quarto.

Ao conquistar a nona vitória no circuito da Guia, Rob Huff, de 37 anos, tornou-se no piloto mais premiado em corridas de quatro rodas da história do Grande Prémio de Macau.

Já Edoardo Mortara (Mercedes) venceu a Taça do Mundo de GT da FIA – a sua quarta depois de 2011, 2012 e 2013. O holandês Robin Frijns (Audi) foi segundo, enquanto o alemão Maro Engel (Mercedes) segurou o último lugar do pódio.

O 64.º Grande Prémio de Macau tornou-se no único evento internacional de automobilismo do mundo a acolher em simultâneo três grandes eventos: duas Taças do Mundo oficiais da FIA e uma importante etapa do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo, também da FIA.

Segundo dados da Comissão Organizadora, o evento atraiu 78 mil espectadores ao longo dos quatro dias, contra os 81 mil registados no ano anterior.

Disputado no icónico traçado citadino de 6,2 quilómetros, é o maior evento desportivo organizado na Região Administrativa Especial chinesa e uma das mais antigas provas automobilísticas em todo o mundo.