Macau quer potenciar relações entre o Ocidente e o Oriente

O secretário para a Economia e Finanças de Macau afirmou que a região deve potenciar a sua história para fazer a ligação entre a China, os países de língua portuguesa, a União Europeia e Sudeste Asiático.

Durante o discurso no Fórum Boao, na província de Hainan, Lionel Leong Vai Tac disse que Macau pode ajudar a atrair investidores estrangeiros para a região Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a conquistar mercados em outros países e regiões, devido à sua relação histórica entre a cultura oriental e ocidental.

O posicionamento de Macau enquanto centro mundial de turismo e lazer e de plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países lusófonos e o seu papel no impulso ao intercâmbio e cooperação cultural dominaram o discurso de Lionel Leong.

O responsável realçou ainda que a construção da Grande Baía vai permitir a Macau aprofundar a cooperação a nível regional e integrar-se no desenvolvimento do país e anunciou a conclusão das negociações do fundo de desenvolvimento da Grande Baía para elevar esse conjunto de cidades a um nível internacional”.

O fundo terá um valor de 20 mil milhões de renminbi, acrescentou.

Além de Guangdong, Hong Kong e Macau, a região da Grande Baía abrange nove localidades: Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing.

Lionel Leong integra a comitiva que o governo de Macau levou ao Fórum Boao, liderada pelo chefe do executivo, Chui Sai On.

O Fórum Boao, conhecido como o “Davos Asiático”, vai contar com as presenças do Presidente chinês, Xi Jinping, e do secretário-geral da ONU, António Guterres, entre outros. O fórum, que começou no domingo, termina na quarta-feira.

Portugal, que em 2017 esteve representado pelo então ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, não terá este ano participação a nível ministerial.

Fundado em 2001, o fórum celebra-se na cidade chinesa de Boao, na ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, e tem nesta edição o tema “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero”.

A edição deste ano vai dar especial importância ao processo de reforma e abertura económica, adoptado pelo China há 40 anos, e que permitiu ao país converter-se na segunda maior economia mundial.

Mais de dois mil líderes políticos e económicos, entre os quais directores de grandes multinacionais chinesas e estrangeiras, vão estar presentes no fórum.