China | AICEP lança repto a empresas portuguesas

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, lançou um repto às cerca de 1.000 empresas portuguesas exportadoras para a China para que reforcem a sua presença naquele mercado.

 

Miguel Frasquilho falava no início do almoço-conferência ‘A China na rota das exportações portuguesas’, uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC). “Às cerca de 1.000 empresas exportadoras para a China lanço o repto de conseguirem reforçar a sua presença num mercado com enorme potencial”, disse o presidente da entidade responsável por promover as exportações e a captação de investimento.

Em relação às empresas que ainda não exportam para o mercado chinês, Frasquilho disse: “Não deixem passar o tempo sem o fazer”.

Miguel Frasquilho, que integrou a recente visita oficial do Presidente da República à China, sublinhou que “há ainda uma enorme margem de progressão entre os dois países e empresas”.

O presidente da AICEP destacou as vantagens de se investir em Portugal, nomeadamente a sua ligação aos países de língua oficial portuguesa em África ou a mercados latino-americanos, além das infra-estruturas em telecomunicações, logística, entre outros. “Este é o momento certo para investir em Portugal porque, como é sabido, Portugal concluiu o programa de assistência económica e financeira”, disse, salientando que “foi vencida uma etapa muito dura e exigente”.

Lembrou que “desde 2011 foram implementadas quase 500 medidas e reformas” em Portugal.

Frasquilho destacou ainda o papel da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, “que tanto tem feito para promover a internacionalização das empresas portuguesas e a captação de investimento”.

O presidente da AICEP destacou a presença de empresas chinesas em Portugal como a China Three Gorges, State Grid, Fosun ou Huwaei.

Sobre esta última, disse que a tecnológica “continua a recrutar em Portugal”.

Apontou ainda a parceria assinada recentemente entre a Sonae Sierra e a CITIC Capital.

A China representa 1,7% do total das exportações portuguesas. Em conjunto, o comércio dos dois países ascendeu a cerca de 2.000 milhões de euros no ano passado.

Miguel Frasquilho apontou ainda os acordos celebrados recentemente entre a AICEP e instituições chinesas como o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e a China Council for the Promotion of Internacional Trade (CCPIT). “Portugal e China estão muito comprometidos com a promoção das relações bilaterais económicas (…), existe confiança mútua, juntos certamente conseguiremos mais do que sozinhos”, concluiu.